A recente morte da influenciadora digital Aline Maria Ferreira da Silva, ocorrida no Distrito Federal na terça-feira, dia 2 de setembro, após um procedimento estético para aumento dos glúteos com aplicação de PMMA, trouxe à tona uma série de questionamentos sobre a segurança e os riscos associados a tratamentos estéticos. Aline, de apenas 33 anos, faleceu em um hospital particular de Brasília, onde estava internada desde o sábado anterior, dia 29 de agosto.
O procedimento estético que Aline realizou aconteceu no dia 23 de junho em uma clínica localizada em Goiânia, Goiás. De acordo com o relato de seu marido, a cirurgia foi realizada de forma rápida e, após o procedimento, o casal retornou a Brasília no mesmo dia. A princípio, Aline parecia estar bem, mas no dia seguinte começou a apresentar febre. A clínica informou que a febre era uma reação normal e recomendou o uso de antitérmicos.
Apesar de seguir as orientações da clínica e utilizar os medicamentos recomendados, a febre persistiu. Na quarta-feira, dia 26 de junho, Aline começou a sentir dores intensas na barriga. O quadro de saúde dela se agravou rapidamente e, na quinta-feira, dia 27, Aline desmaiou, sendo então levada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela permaneceu nesse hospital por um dia antes de ser transferida para um hospital particular na Asa Sul.
Infelizmente, apesar dos esforços médicos, Aline não conseguiu se recuperar e faleceu poucos dias depois. Aline Maria Ferreira da Silva era uma influenciadora digital com uma presença significativa nas redes sociais. Durante o procedimento estético, foi administrada uma quantidade de 30ml de PMMA em cada um de seus glúteos.
O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é uma substância plástica frequentemente utilizada em procedimentos de preenchimento estético, tanto facial quanto corporal. Embora seja utilizado para aumento dos glúteos, o PMMA pode provocar reações inflamatórias severas, além de causar deformidades e necrose nos tecidos onde é aplicado. O marido de Aline confirmou que a aplicação foi feita pela dona da clínica em Goiânia.
Após a deterioração da saúde de Aline, a responsável pela clínica visitou-a em Brasília. No hospital, a clínica alegou que o produto aplicado não era PMMA, mas um “bioestimulador”. Além disso, a dona da clínica sugeriu que Aline poderia ter contraído uma infecção do lençol de casa. No entanto, o marido de Aline negou essa possibilidade, afirmando que o local da aplicação não havia mostrado sinais de inflamação ou secreção.
As informações contraditórias e a falta de clareza por parte da clínica contribuíram para aumentar a dor e a confusão da família de Aline. Segundo o marido, nenhum medicamento administrado no hospital conseguiu reverter o quadro de saúde de Aline, o que pode ter sido causado pela natureza do produto injetado.
A tragédia que envolveu a morte de Aline Maria Ferreira da Silva destaca a necessidade urgente de uma regulamentação mais rigorosa e fiscalização adequada dos procedimentos estéticos. É fundamental que esses procedimentos sejam realizados apenas por profissionais qualificados e em clínicas devidamente certificadas.
Aline será velada e sepultada nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, no cemitério Campo da Esperança do Gama, no Distrito Federal. Sua morte serve como um alerta para todos sobre os riscos envolvidos em procedimentos estéticos invasivos e a importância de priorizar a saúde e a segurança em primeiro lugar.
A história de Aline Maria Ferreira da Silva é um triste lembrete da necessidade de maior conscientização sobre os perigos que podem estar associados a procedimentos estéticos não regulamentados. Além disso, evidencia a importância de se buscar tratamentos apenas com profissionais que sigam rigorosos padrões de segurança e ética.
Neste momento de luto, a família de Aline enfrenta a dor e a perda, enquanto o caso continua a levantar questões sobre a prática de procedimentos estéticos e as responsabilidades das clínicas envolvidas. A sociedade, por sua vez, é chamada a refletir sobre a necessidade de uma maior proteção e regulamentação nesse setor, visando evitar que tragédias semelhantes ocorram no futuro.