Em Catuípe, um município situado no noroeste do Rio Grande do Sul, Eliezer Batista Altíssimo passou o último domingo, 16, ao lado de sua família. O dia começou com um almoço em companhia de sua mãe e irmãos, um momento típico de confraternização familiar.
Após o almoço, Eliezer decidiu aproveitar o restante do dia para pescar com um parente próximo. No entanto, seu passeio tomou um rumo inesperado quando ele se deparou com outras crianças no caminho. Essas crianças o convidaram para uma partida de futebol.
Eliezer, que era um grande entusiasta do futebol, aceitou o convite com entusiasmo e se dirigiu ao bairro Santa Fé, onde se localizava a casa dos seus tios. O clima estava descontraído e alegre, e as risadas das crianças podiam ser ouvidas ao longe.
Infelizmente, a diversão foi interrompida de maneira trágica. Dois indivíduos chegaram ao local, e um deles começou a disparar armas de fogo indiscriminadamente. Quatro pessoas foram atingidas pelos tiros, incluindo Eliezer.
O menino tentou escapar do ataque, mas foi baleado e não sobreviveu aos ferimentos. A perda de Eliezer foi um golpe devastador para sua família e para a comunidade local. Ele era conhecido por seu grande amor pelo futebol e pela alegria contagiante que transmitia.
Em sinal de luto pela perda de Eliezer, uma faixa preta foi colocada em frente à Escola Municipal de Ensino Fundamental Ulisses Salazar. O aluno frequentava o sexto ano no turno da manhã, e sua ausência deixou um vazio significativo na escola.
Eliezer era amplamente conhecido entre os 240 alunos da escola, sendo uma criança com um sorriso amplo e uma personalidade cativante. Sua presença era marcante e sua perda foi sentida profundamente por todos que o conheciam.
Jackson Canabarro, o padrasto de Eliezer, relembra o último domingo em que o menino estava em casa com a família. Ele lembra que Eliezer era um grande admirador do jogador argentino Lionel Messi e tinha o sonho de seguir os passos do ídolo.
Além de seu amor pelo futebol, Eliezer também se dedicava ao desenho e passava tempo brincando com seus irmãos mais novos. Ele tinha quatro irmãos e era especialmente carinhoso com eles, incluindo um que tinha apenas um ano e outro que tinha sete.
Enquanto pescava com seu tio, Eliezer decidiu voltar para casa devido à fome. No caminho de volta, encontrou alguns primos que o convidaram para jogar futebol em uma pracinha próxima. Ele queria informar sua mãe sobre o convite, mas nunca teve a chance de fazê-lo.
Ao se encontrar com seus tios-avós, Eliezer foi surpreendido por um ataque a tiros. A tia e o tio também foram atingidos, assim como uma mulher visitante que estava no local.
Os feridos foram rapidamente socorridos e levados para o hospital. A tia de Eliezer, em particular, teve o quadro mais grave e ainda se encontra internada, lutando pela vida.
O próprio Eliezer foi socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos fatais. Jackson Canabarro recebeu a notícia da tragédia enquanto estava no trabalho e soube mais tarde da morte de seu enteado.
Na segunda-feira, a cidade se reuniu no Cemitério Municipal para o sepultamento de Eliezer. A cerimônia foi marcada por grande comoção e tristeza, refletindo o impacto profundo que a morte violenta do menino teve na comunidade.
A tragédia abalou a população de Catuípe, que ainda tenta encontrar formas de lidar com a dor e o choque gerados pela perda de uma vida tão jovem e promissora.