La Niña é a nova ameaça atmosférica que surgiu paralelamente com o El Niño, e acendeu um novo alerta para a segurança das gerações futuras.
Ambos são partes de um mesmo fenômeno atmosférico e oceânico, e ele acontece no próprio oceano Pacífico Equatorial, e por esse motivo ganhou o nome de El Niño ‘’Oscilação Sul (ENOS)’’.
A fase inicial do El Niño está acoplado no ENOS, e se refere às situações em que o oceano Pacífico Equatorial está mais quente do que a temperatura média (climatológica). Enquanto a fase La Niña faz referência a situação oposta, isso acontece em um cenário que o oceano Pacífico Equatorial está bem mais frio do que deveria estar, de acordo com média histórica.
O que é o fenômeno La Niña?
La Niña é praticamente o oposto do El Niño, enquanto um deles aumenta a temperatura do Oceano Pacífico, esta causa o resfriamento. Essa mudança de temperatura no Pacifíco acaba resultando em mudanças atmosféricas em grande parte do mundo. Um dos efeitos desse fenômeno é o aumento de chuvas fortes em regiões que são tradicionalmente secas, e a redução de chuvas em regiões tipicamente chuvosas.
No Brasil esse fenômeno aumentou a quantidade de chuvas no norte e nordeste, até mesmo nas regiões com escassez de água. Além da queda de temperatura em ambientes tipicamente quentes.
O evento tem origem no Pacífico Equatorial, e causa severas alterações sazonais na circulação geral da atmosfera. Os efeitos dela podem durar de 9 até 12 meses. E a sua ocorrência pode durar de dois até sete anos.
Um dos maiores problemas dessa inversão térmica e atmosférica, é a destruição de plantações e danos a determinados biomas, considerando que a maioria das formas de vida não estão preparadas para enfrentar condições opostas à sua adaptação evolutiva regional.
Por que o verão tem dias frios?
Os dias frios durante o período do verão são um claro exemplo das alterações atmosféricas da La Niña. E o aumento de temperatura em pleno inverno, é resultado do El Niño e do aquecimento global.
Vale ressaltar que apesar desses fenômenos serem capazes de esfriar regiões tipicamente quentes, isso não muda o fato do aquecimento global aumentar cada vez mais a média de temperatura global. Visto que La Niña esfria só regiões específicas e por pouco tempo, o que não altera muito a média de temperatura mundial, ainda mais considerando que o El Niño faz a ação de contrapartida, esquentando regiões tipicamente frias.
Outro efeito do El Niño é o aumento da seca no Norte e Nordeste, afetando a floresta amazônica, e resultando no aumento de incêndios florestais por conta da redução de chuvas. Enquanto causa tempestades na região Sul do país, e até mesmo o aumento de temperatura em pleno inverno.
Diferente da La Niña que aumenta as chuvas nos estados do Nordeste e causa seca no Sul. Recentemente ela também causou queda de temperatura no verão brasileiro.
Desmatamento e riscos climáticos
Tanto a redução das camadas vegetativas quanto o excesso de queima de combustíveis fósseis aceleram as mudanças climáticas globais. E é evidente que no atual ritmo, a humanidade tende a presenciar cada vez mais problemas atmosféricos.
É cada vez mais difícil prever o comportamento climático e a intensidade das chuvas, as mudanças ambientais causaram uma verdadeira bagunça, que afetou até mesmo a naturalidade das estações.
Apesar do El Niño e La Niña afetarem consideravelmente o mundo através do aquecimento e resfriamento das águas do Pacífico, eles estão longe de serem a única causa deste cenário negativo do âmbito ambiental. Resta aos pesquisadores encontrarem meios de reduzir os impactos, e prevenir a população de possíveis complicações.