Artista, que estrela uma campanha de produtos de beleza para todos os tipos de cabelo, conversou com Quem sobre autoestima, maternidade e empoderamento da filha
Lore Improta, que começou criança sua carreira como dançarina, aprendeu com a maturidade a ter outra relação com a beleza e a autoestima. Aos 30 anos e segura de si, ela tem como uma das metas como mãe, ensinar a filha, Liz, de 2 anos, fruto de seu casamento com Léo Santana, a se amar e ser forte em uma sociedade que ainda tem o racismo estrutural muito presente.
Em entrevista à Quem, Lore relembra que após pedir orientação na rede social para cuidados com o cabelo cacheado da filha e receber comentários racistas, foi atrás do seu letramento racial. Desde então, ela busca sempre adquirir mais conhecimento sobre as questões que a filha vivencia e pode enfrentar.
Além de aprender sobre os cuidados especiais com os cachos da menina, a artista se preocupa em buscar referências pretas nos conteúdos que Liz consome, como Rebeca Andrade, Débora Nascimento e Juliana Alves que, assim como Lore, são embaixadoras da linha de cabelos da Vult.
Você vive na ensolarada Salvador, tem uma vida megacorrida e os cabelos bem loiros. Quais os cuidados com os cabelos que você não abre mão para deixá-los sempre hidratados e com brilho?
Gosto muito de seguir um cronograma capilar, tenho produtos para hidratação, nutrição e reconstrução, sinto que seguir esse cronograma faz muita diferença para a saúde do meu cabelo. Também adoro passar blend de óleos antes de dormir e de treinar, protegendo o cabelo do suor, e para hidratar durante a noite.
Cabelo tem muita relação com a autoestima. Você aparenta ser uma mulher muito confiante. Como foi a construção desta boa autoestima?
Foi um processo gradual, que foi se desenvolvendo ao longo dos anos, com a maturidade e com a compreensão da mulher que sou. Apesar de sempre ter gostado de cuidar de mim, sinto que a autoestima e a confiança, é algo que vem de dentro, e não apenas da aparência exterior. À medida que ganhamos experiência de vida e aprendemos o nosso valor, nos tornamos mais seguros.
Enfrentou momentos em que não se curtiu fisicamente ou que chegou a fazer loucuras para entrar em um padrão físico esperado?
Acredito que toda mulher passa por uma fase em que não está se sentindo bem consigo mesma, é normal. Nunca fiz nenhuma loucura, mas gosto de cuidar de mim, de fazer exercícios físicos, dançar, manter uma alimentação balanceada. Isso faz muita diferença para a saúde do nosso corpo e, principalmente, para a nossa saúde mental.
Você é mãe de uma menina preta, que tem outro tipo de cabelo e necessita outros tipos de cuidados capilares. Como é a rotina de cuidados com os fios da Liz?
Sempre usamos produtos para cabelos cacheados na Liz, hidratamos e fazemos a fitagem para definir os cachos dela.
A mulher preta muitas vezes não encontra referências nas propagandas. Como você trabalha essa autoestima com a Liz?
Empoderando, mostrando o quanto ela é maravilhosa e trazendo representatividade nos conteúdos que ela consome! A Liz adora o momento da leitura, então priorizo histórias com personagens pretos, bonecas que ela olhe e se sinta representada, filmes com protagonistas negros. Essas são algumas maneiras que trazemos a representatividade para dentro da nossa casa. Também sempre elogiamos e mostramos o quanto ela é linda.