O Rio Grande do Sul enfrenta a maior crise climática de todos os tempos. Milhares de pessoas estão desabrigadas por conta dos alagamentos intensos, e a situação ainda está distante de ser solucionada.
E apesar do grande número de óbitos e desaparecidos, ainda é possível que os números continuem subindo, considerando as dificuldades de averiguar todas as pessoas que afogaram. Há grandes esforços estatais para tentar resgatar as famílias afetadas, mas infelizmente os meios utilizados ainda não foram o suficiente para garantir a segurança da população.
Quantas cidades foram afetadas no Rio Grande do Sul?
O temporal já afetou mais de 340 dos 497 municípios gaúchos, é a primeira vez que tantas cidades são ameaçadas ao mesmo tempo. Embora tenha ocorrido outras enchentes intensas, essa é a mais grave entre todas.
E de acordo com a Defesa Civil, o Estado do Rio Grande do Sul já conta com mais de 18.487 pessoas em abrigos, e 115.844 desalojadas Já o número de afetados chegou a 844.673.
Além dos 175 feridos e 105 desaparecidos.
Os principais vales atingidos pelo desastre dos alagamentos são dos rios Taquari, Pardo, Jacuí, Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. Até esse momento foram contabilizadas 78 baixas, embora o número provavelmente seja um pouco maior, por conta da dificuldade de constatação instantânea.
Qual o motivo do alagamento do Rio Grande do Sul?
A onda de calor que atinge a região central do Brasil com altíssima pressão atmosférica proporciona o ar seco e quente, situação que bloqueia a passagem das frentes frias do norte do país, que costumam vir da Argentina e deveriam chegar rapidamente ao sul. Mas por conta desse bloqueio isso não ocorre, proporcionando um cenário de acúmulo de chuvas.
Parte desse problema é intensificado pelo fenômeno El Niño, que esquenta as águas do pacífico e intensifica as chuvas no Rio Grande so Sul. A somatória de problemas atmosféricos com as questões geográficas da região, proporcionaram um desequilíbrio da natureza, que se tornou um grande desastre de alagamento.
Rio Guaíba atinge marca de 5 metros acima do nível
O rio Guaíba é o principal entre todos os rios de Porto Alegre. Ele subiu a patamares nunca vistos, e atingiu a marca de 5 metros acima do nível, na madrugada de sábado (4 de maio). O novo recorde é preocupante, e segundo as últimas atualizações, a medição mantém os níveis no horário das 17h deste domingo (5 de maio).
O Rio Grande do Sul enfrenta uma severa ameaça climática, além das inúmeras famílias afetadas, muitos animais também estão em situação de risco. Entre as pessoas afetadas, os mais expostos são crianças e idosos, que possuem mais dificuldade de lidar com todo esse cenário, portanto necessitam de prioridade de cuidados e proteção dos moradores regionais.
Ajuda interna e externa
A severidade da situação exige todo o tipo de ajuda externa e interna. Até o momento os maiores protagonistas no quesito de ajuda humanitária têm sido o Governo Federal e o Governo Estadual do Estado de São Paulo, o qual conseguiu enviar helicópteros e recursos com bastante celeridade.
E embora o governo do Rio Grande do Sul esteja reunindo esforços, enfrentaram uma certa dificuldade de logística nos primeiros momentos, mostrando a necessidade de aumentar os recursos e esforços dentro do setor de segurança pública.
Os esforços privados também ganham importância diante da catástrofe. Diversas empresas e pessoas de influência estão abrindo campanhas em auxílio do Rio Grande do Sul. É necessário que os esforços sejam redobrados para que o maior número possível de pessoas seja resguardada.